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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Rosana da CUT vence eleição do SINTEAC marcada por denúncias de fraudes

Candidata do Palácio do Governo ganhou, mas pode não levar. A eleição foi marcada por fraudes, uma urna sumiu. Comissão Eleitoral não se pronunciou ainda sobre os pedidos de impugnação.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
Depois de muita confusão, bate-boca e de denúncias de fraudes, a sindicalista Rosana Nascimento, da CUT, obteve a maior votação entre os seis candidatos que disputavam a eleição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (SINTEAC). A sindicalista que obteve apoio do Palácio Rio Branco teve 1.978 votos. O segundo colocado foi o professor Raimundo Accioly [que tinha apoio do PCdoB] com 1.617 votos. Veja abaixo a votação geral dos seis candidatos que concorreram. Segundo Waldir França, um requerimento pedindo a nulidade do processo será protocolado ainda hoje junto à Comissão Eleitoral. Uma urna da escola José Sales, desapareceu.
PROCESSO TUMULTUADO:
O processo de apuração na capital foi tumultuado e cheio de denúncias de fraudes. Ontem à noite, as primeiras urnas chegaram sem lacre à Quadra do Colégio Acreano [local de apuração]. Por volta das 20 horas iniciou o bate-boca entre os candidatos, fiscais e cabos eleitorais.
No meio da confusão um menor entrou no recinto, pegou uma das urnas e tentou fugir com os votos pulando uma das arquibancadas da quadra. A ação rápida de militares e dos próprios fiscais envolvidos no processo evitou a tentativa de fuga com uma das urnas. Mas o tumulto foi inevitável. Cédulas de votos foram perdidas no meio do empurra-empurra. Jovens chegaram a ficar detidos no pátio do Colégio, mas foram liberados pela Policia Militar.
Mas essa não foi a única novidade. Taxistas, mototaxistas e até diretores de escolas não paravam de chegar ao local de apuração sem o acompanhamento de nenhum fiscal, o que aumentava ainda mais as suspeitas de fraudes.
APURAÇÃO SUSPENSA EM RIO BRANCO:
Com a apuração na capital suspensa, a tensão era por conta da divulgação dos resultados da eleição no interior do Estado. Enquanto a Comissão Eleitoral se reunia no centro da Quadra, torcidas organizadas pelo PT e PCdoB se dividiam na comemoração dos resultados da eleição nos municípios repassados via telefone e redes sociais.
Na primeira parcial divulgada por volta das 00h38 a candidata do Palácio Rio Branco, Rosana Nascimento despontava na dianteira com 1.215 votos. Em segundo lugar estava o candidato Raimundo Acciole, do PCdoB, com 1.185 votos.
O clima chegou a ficar tenso novamente, quando o presidente da Comissão Eleitoral, professor Augusto Rosas decidiu, mesmo com todos os indícios de fraudes, retomar a contagem dos votos.  Rosas alegou que de acordo o estatuto, a nulidade do processo só poderia acontecer através de decisão em Assembleia Geral.
“A Comissão decidiu por unanimidade deliberar por atender a verificação das urnas com suspeitas de violação de lacre, mas proceder pela apuração com a fiscalização dos candidatos, com o registro de cada irregularidade que por ventura venha acontecer em cada urna”, decidiu Rosas.
Para Rosas, não existiam provas de irregularidades. A decisão da Comissão contou com o apoio único da candidata Rosana Nascimento que já tinha conhecimento dos resultados da eleição no interior – em que ela assumia a dianteira do processo. O atual presidente do sindicato, João Sandim, foi o primeiro a se pronunciar contra a continuidade da apuração. Ele chamou de indecente o trabalho da Comissão Eleitoral. “Não vou compactuar com essa indecência!”, exclamou.
Outras denúncias começaram a ser disparadas contra a Comissão. Waldir França chegou a dizer que todos os membros eram tendenciosos. “Nós já sabemos o resultado dessa eleição pela forma como ela foi conduzida. Um ato desonesto e vergonhoso” desabafou.
Outra candidata, a professora Toinha, pediu a Comissão que adiasse a apuração para a manhã seguinte. Ela alegou falta de segurança para a continuidade do processo, se referindo aos tumultos já acontecidos. Nem mesmo o representante nacional da CUT, Daniel Gaio, que veio ao Acre como observador da eleição, foi capaz de mudar a decisão da Comissão Eleitoral.
Era meia noite quando a apuração foi retomada. O resultado final foi divulgado às 8 horas da manhã. A Comissão Eleitoral não se pronunciou com relação aos pedidos de nulidade da eleição e nem com relação ao conjunto de provas produzidas a partir da apuração que durou toda a madrugada.

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